“Troca de Iván Jaime por Nico? Joguei com a sensação que o jogo me dava”
Declarações ao Porto Canal de Sérgio Conceição após o Shakhtar-FC Porto (1-3), partida da primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Mudanças estratégicas: “Teve que ver com o jogo, como vejo o adversário e, principalmente, a nossa equipa, com os jogadores que tenho disponíveis para montar a melhor estratégia para ganhar o jogo. Tinha três centrais, podia jogar com uma linha de cinco ou seis e achei que para hoje, perante este adversário, era importante outras dinâmicas que são essenciais quando a equipa tem bola, no processo ofensivo, e quando não tem, no processo defensivo.
Hoje gostei da equipa em termos ofensivos, mas existiram alguns erros, porque permitimos algumas coisas que temos vindo a permitir aos adversários e, nesse sentido, há sempre que trabalhar. Mesmo em termos ofensivos, por vezes temos ocasiões nos jogos nos últimos 30 metros em que não somos eficazes, definimos mal ou não concluímos da melhor forma. Hoje fomos mais eficazes do que temos sido, mas temos criado situações em todos os jogos. Isto normalmente está tudo ligado. Houve uma ou outra situação, mas estamos a trabalhar para melhorar a equipa e os jogadores”.
Troca de Iván Jaime por Nico: “Pedi coisas ligeiramente diferentes, até porque são jogadores com características diferentes. Senti, não porque o Iván Jaime estava menos bem, mas que estava um bocadinho cansado. Não podemos esquecer que ele começou a trabalhar praticamente há duas semanas, quando chegou aqui. Temos todos os dados da pré-época dele e são francamente fracos na capacidade de aguentar os 90 minutos sempre ao mesmo nível.
O Nico, como pisa bem aquele espaço, embora com características diferentes, optei por ele. Também podia ter optado por um avançado e baixado um bocadinho o Mehdi [Taremi]… Enfim. Joguei com a sensação que o jogo me dava. Foi por aí a entrada do Nico. Refresquei os corredores laterais, porque aos nossos alas foi pedido um trabalho muito importante no jogo, que era fechar por dentro, pressionar os centrais quando a bola estava do lado contrário, acompanhar a subida e a ação do lateral… Enfim. Consoante o que o jogo me vai dando, mexo na equipa para acrescentar. E, nesse sentido, as coisas que temos feito bem. Os suplentes querem sempre entrar e ajudar. Nas últimas jornadas não estivemos tão brilhantes, mas os que entraram reforçaram a equipa”.