João Mário elogia Schmidt: «Divertimo-nos bastante porque há grande liberdade dentro de campo»
Médio concedeu uma entrevista à UEFA na véspera do duelo com o Inter
João Mário concedeu esta segunda-feira uma entrevista aos canais oficiais da UEFA, na véspera do duelo entre Inter Milão e Benfica, na segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, embate que será amanhã disputado em San Siro, a partir das 20 horas de Lisboa.
O médio internacional português assumiu ter sido “inexplicável” igualar o registo de Eusébio de marcar cinco golos de forma consecutiva na Liga dos Campeões, realçou a importância de a equipa manter-se consistente numa prova existente como a Champions League e assinalou aqueles que considera terem sido os pontos-chave para a boa campanha das águias na última edição da prova milionária.
O registo de Eusébio
“Obviamente que te juntares a grandes nomes como Eusébio, que é uma lenda, não só do Benfica, mas do futebol português e mundial, é inexplicável. Não tinha conhecimento, até à data em que bati o recorde, que tinha sido dele. Foi uma alegria enorme. Os recordes existem para serem batidos, igualados, fiquei muito feliz por, acima de tudo, tê-lo feito pelo Benfica. Espero continuar a marcar neste ano na Liga dos Campeões.”
Consistência
“É importante, numa grande montra como é a Liga dos Campeões, dares o teu máximo, elevares o teu nível futebolístico. Para mim, foi importante fazer uma época em grandes palcos, em momentos decisivos, ao nível que estive, porque dá-me confiança, dá-me ainda mais maturidade para confiar nas minhas capacidades, e fiquei muito contente, porque não é fácil.”
Os golos e a emoção
“O sentimento mais bonito no futebol é o golo, dá uma adrenalina gigante porque está um estádio inteiro a festejar, os teus adeptos e colegas também. Quando é num jogo da Liga dos Campeões a adrenalina vai ao máximo. É a melhor prova ao nível de clubes, portanto é sempre uma motivação gigante para mim e para todos os jogadores jogarem. Marcar é a cereja no topo do bolo.”
Juventude e experiência do plantel
“Com a minha idade, tenho obviamente mais responsabilidade, sou dos jogadores mais velhos do plantel e subcapitão de equipa. É importante para a nossa equipa ter jogadores jovens, faz parte da identidade do Clube. Ter jogadores da Formação, e temos grandes talentos. Temos uma boa mistura, porque é preciso alguma energia e frescura, os jovens dão-nos isso, e, especialmente na Liga dos Campeões, é preciso muita experiência. Acredito que isso faz muita diferença em jogos a doer.”
Espontâneo ou metódico?
“Tento ser um pouco dos dois, espontâneo e metódico. Com o conhecimento que vais tendo ao longo dos anos, já consegues prever certos comportamentos, onde a bola vai cair, onde deves ocupar os espaços. É importante para mim, com o passar dos anos, ter maior conhecimento e experiência dentro do campo. Tenho melhorado bastante ao longo dos anos.”
Como encaixar na equipa
“Tento não pensar que jogo na posição X ou Y. Tento pensar que dentro da dinâmica da equipa há espaços que tenho de ocupar. Fala-se muito em táticas e formações, mas, para mim, o mais importante é ter conhecimento daquilo que o treinador pede e o que os meus colegas esperam.”
Liberdade em campo
“Sim, divertimo-nos [os jogadores] bastante porque há grande liberdade dentro de campo. Obviamente que temos um compromisso tático com o míster, mas ele dá-nos muita liberdade para colocarmos as nossas capacidades e características em campo. Isso faz toda a diferença, não há um regime tático. Com o passar dos jogos, com grandes exibições vais crescendo cada vez mais, acreditando cada vez mais, acho que esse é o nosso segredo.”