Benfica volta ao mercado para contratar novo reforço
A lesão de Alexander Bah volta a mostrar a urgência da contratação de um lateral-direito
A SAD dos encarnados estudou o reforço do plantel com a contratação de um lateral-direito no verão, decidiu não avançar, mas muito seguramente terá de o fazer na reabertura do mercado de transferências, em janeiro. Essa sempre foi uma opção a considerar, o reajuste do plantel nessa posição depois da venda do passe do brasileiro Gilberto ao Bahia, mas os últimos acontecimentos tornaram urgente e quase inevitável que chegue alguém para ser alternativa consistente a Alexander Bah.
O dinamarquês saiu lesionado aos 20 minutos do jogo da Champions em Milão, com o Inter, novamente com o mesmo problema que trouxe da seleção da Dinamarca no início da semana: um traumatismo no pé esquerdo. Por essa razão esteve em dúvida para o jogo do campeonato com o Portimonense (no qual alinhou e até marcou um bom golo) e depois também para o do clássico com o FC Porto.
Esta quinta-feira Schmidt deu folga ao plantel e Bah será reavaliado sexta-feira, no regresso ao trabalho e véspera de mais um jogo para a Liga, em casa do Estoril; mas é praticamente uma certeza que o dinamarquês não vai poder competir e que terá de fazer tratamento intensivo para resolver o problema.
Como alternativas para o lugar de lateral-direito, Roger Schmidt tem três, mas todas elas adaptações. A mais provável é Aursnes, médio que já na época passada jogou a lateral-direito e com bons resultados; como, aliás, nesta época tem cumprido com competência quando chamado para lateral-esquerdo. Mas não deixa de ser uma adaptação. Mais improvável é que João Victor tenha nova oportunidade. O defesa-central ficou no plantel precisamente com a ideia de que pudesse funcionar como lateral – porque como central é a 5.ª opção, atrás de Otamendi, António Silva, Morato e Tomás Araújo –, mas já se percebeu que o treinador alemão entende que não resultada: só utilizou uma vez o brasileiro de 25 anos, que esteve em campo 25 minutos no 4-0 com o V. Guimarães para a Liga. A terceira opção é Tomás Araújo, outro defesa-central, de 21 anos, que teve de substituir Bah frente ao Inter e, naturalmente, mostrou deficiências no preenchimento do flanco.
O Benfica deve, portanto, ir ao mercado em janeiro para contratar um lateral-direito.
Uma das possibilidades em cima da mesa, cara, mas que está na lista da SAD, é Oliver Villadsen, lateral-direito de 21 anos, também internacional dinamarquês e a jogar no Nordsjaelland – 35 jogos na época passada, 3 assistências, nesta já leva 15 jogos e 2 golos marcados.
Villadsen termina contrato em 2024 e está bem referenciado pelos encarnados, que, se decidirem avançar para o negócio, podem beneficiar das boas relações com o clube dinamarquês, ao qual foi contratado o extremo Andreas Schjelderup, que entretanto saiu do Benfica para voltar ao Nordsjaelland por empréstimo até final desta época. É natural que durante este período de negociações Rui Pedro Brás, diretor desportivo do Benfica, tenha falado com os dirigentes dinamarquês sobre Villadsen.
«Claro que me sinto lisonjeado. É sempre importante ser associado a um grande clube. Mas não posso dizer muito sobre isso. Neste momento estou focado em jogar o melhor possível no campeonato, na Taça e na Liga Conferência. Depois vamos olhar para a próxima janela de transferências. Agora é o momento de jogar futebol e não pensar no Benfica ou em questões de transferências. Há muito que sinto estar pronto [para sair]», disse Villadsen, recentemente, citado pelo jornal dinamarquês Bold.