‘Apagão’ de João Mário no Benfica rodeado de ‘fantasmas’… do Sporting
Clássico frente ao FC Porto será crucial para perceber se o internacional português irá bater um recorde negativo na sua carreira. Tudo isto acontece após a sua melhor temporada de sempre.
A ‘loucura’ da temporada passada deu lugar à monotonia da presente. João Mário está à beira de igualar o pior arranque de sempre na sua carreira, após sete jogos pelo Benfica sem golos e assistências, pelo que começam a aparecer os ‘fantasmas’… do Sporting.
Já com 13 temporadas no futebol sénior, o médio de 30 anos só por uma vez experimentou a sensação de apenas conseguir marcar ou dar a marcar ao oitavo jogo da temporada por uma ocasião, em 2020/21, quando regressou ao Sporting, já depois de passar por Inter, West Ham e Lokomotiv Moscovo. Nessa época, João Mário quebrou o ‘jejum’ com uma assistência no triunfo dos leões diante do Paços de Ferreira (3-0), na Taça de Portugal.
De resto, não houve uma única temporada em que o internacional português – que renunciou à seleção nacional, no passado mês de maio – demorasse tanto tempo a ajudar as suas equipas, de forma direta, na hora de marcar golos, ou indireta, a assistir. E a verdade é que a história repete-se… depois da melhor temporada de sempre.
Na época passada, que culminou com a conquista do 38.º campeonato nacional por parte do Benfica, João Mário, ao oitavo jogo, já levava um registo de três golos e quatro assistências. No final das contas, o médio terminou a temporada com 23 golos e 13 assistências em 53 jogos.
‘Festejar’ contra o FC Porto impulsionará mudança?
O emblema da Luz até iniciou a temporada em festa, com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao rival FC Porto (2-0), seguindo-se um ‘tropeção’ frente ao Boavista (3-2), na ronda inaugural da I Liga, ao qual as águias responderam com cinco triunfos consecutivos – excetuando, claro, a derrota frente ao Salzburgo (0-2) na Liga dos Campeões. Porém, a verdade é que João Mário nunca marcou, nem deu a marcar, desde o início de agosto.
O experiente médio apenas completou um jogo do início ao fim entre as sete ocasiões – curiosamente na passada jornada, diante do Portimonense (1-3) -, sendo que, em todos os restantes, Roger Schmidt optou por retirá-lo de campo entre o intervalo e os 70 minutos, com exceção ao jogo frente ao Vizela (1-2), em que foi substituído em tempo de descontos. Na derrota no Bessa (2-3), no arranque do campeonato, nem sequer saiu do banco.
Além disso, a responsabilidade de cobrar grandes penalidades passou para as mãos do reforço Ángel Di María, no topo da hierarquia de marcadores, reduzindo as probabilidades de festejos por parte do jogador formado no Sporting.
O Clássico desta sexta-feira na Luz, frente ao FC Porto, poderá impedir que João Mário registe uma nova marca negativa na sua carreira, mas, para isso terá de apontar uma assistência ou um golo, algo que, ainda assim, igualará o mau arranque da época 2020/21, com a camisola do Sporting.