Benfica

Pavlidis rumou contra a maré minhota numa batalha sem garra do Benfica

As notas do Sp. Braga-Benfica, na derradeira jornada da I Liga.

O Benfica viu o título ser confirmado pelo Sporting na tarde de sábado. As águias tinham como missão vencer na visita ao Sp. Braga, na derradeira jornada do campeonato, e ficar à espera de uma eventual surpresa do Vitória SC no reduto do Sporting, mas nem sequer cumpriram a sua parte, resignando-se com um empate (1-1).

Numa tarde de pouca inspiração e quase nenhuma garra, talvez em virtude das reduzidas probabilidades de alcançarem a desejada conquista do campeonato, as águias de Bruno Lage foram ‘presa fácil’ para um conjunto minhoto afinado com toda a precisão por Carlos Carvalhal.

Sem Fredrik Aursnes, o relógio suíço do meio-campo, o Benfica apareceu no Minho perdido e sem rumo, vendo a missão complicar-se por uma grande penalidade cometida por Tomás Araújo sobre Ricardo Horta.

Rodrigo Zalazar (20′) não perdoou e colocou o Sp. Braga a vencer, com o empate a chegar já depois da hora de jogo, através do inevitável Vangelis Pavlidis (63′).

Os bracarenses até ficaram reduzidos a 10 jogadores, por conta da expulsão de João Moutinho, mas nem assim o Benfica conseguiu consumar a reviravolta, vendo o Sporting fazendo a festa e sem precisar de recorrer a critérios de desempate por igualdade pontual.

Vamos aos destaques.

A figura

Pavlidis apenas conseguiu convencer os adeptos e a crítica a partir de 2025, mas desde então revela-se altamente decisivo. Contribui com golos de forma regular e ainda aparece muitas vezes como um quarto médio do Benfica, baixando para combinar, distribuir e atrair a defesa contrária. Ontem chegou aos 29 golos em 52 jogos ao serviço das águias. Dos únicos a remar contra a maré.

A surpresa

A tarde de Carreras foi tudo menos tranquila por conta de um jovem irrequieto chamado Roger. O extremo do Sp. Braga foi um dos grandes quebra-cabeças para os defesas do Benfica e assinou nova exibição que mostra que tem um potencial tremendo.

A desilusão

Foram vários os jogadores do Benfica que se exibiram abaixo do razoável, mas a tarde de Andreas Schjelderup foi um verdadeiro fiasco. O extremo norueguês nunca conseguiu desequilibrar e passou completamente ao lado do jogo. Uma verdadeira desilusão.

Os treinadores

Carlos Carvalhal

O treinador do Sp. Braga tem vasta experiência e soube exatamente o que fazer para anular os pontos mais fortes do Benfica, estando sempre mais perto de dobrar a vantagem na primeira parte do que permitir o empate. O sonho de ficar no pódio acabaria, no entanto, por não se concretizar.

Bruno Lage

A forma como lançou o jogo, em conferência de imprensa, na véspera deixava antever que o Benfica iria surgir em campo algo resignado e pouco crente num tropeção do Sporting. Pelo menos, foi isso que a equipa transmitiu no relvado. Perdida, precipitada e a jogar com pouca cabeça. Tarde para esquecer.

O árbitro

Miguel Nogueira teve uma tarde trabalhosa, mas decidiu bem nos dois lances mais polémicos: a grande penalidade a favor do Sp. Braga e o cartão vermelho João Moutinho. Fica, apenas, a nota de que ficou um cartão amarelo por mostrar a Zalazar, após cotovelada a Otamendi.

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